segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Fazendo silêncio para ouvir

Ouvindo: o nada
Curtindo: a ideia de rotina sem deixar de inovar

Pára tudo!
Escuta!
O som do relógio, a televisão bem longe, as buzinas, os motores.
Qual o som do teu silêncio?

Depois de assitir o filme "A viagem da mãe Krause até a felicidade", um filme alemão de 1929, dirigido por Piel Jutzi, em preto e branco, de 35mm, fiquei inspirada. Duas horas de filme silencioso.
É isso ai! Silêncio, também conhecido como ausência de ruído.
Uma experiência rara, proporcionada pela Cinemateca Brasileira. Infelizmente a V Jornada Brasileira de Cinema Silencioso terminou no domingo... Quem não viu, fique esperto no ano que vem =)
O filme é ótimo, mas o que me impressionou foi a sensação causada pela falta de som.
Um enorme desconforto toma conta dos primeiros minutos. Não sei se essa realidade é só minha, mas não estou acostumada com o silêncio. Pego trânsito, ouço música no trabalho, o restaurante é sempre cheio (de gente e conversas fiadas), na faculdade a disputa é da palavra do professor contra as vozes dos alunos. Ficar duas horas em silêncio pra mim foi uma grande novidade.
Há algum tempo, vi na televisão (tá bom vai... Nem sempre tão ruim...) um comercial totalmente sem som. Infelizmente não me lembro sobre o que era... E na minha busca por essa peça para escrever esse post, me deparei com o seguinte drama: Onde estão os comerciais sem som?
Os comerciais que circulam por aí, parecem fazer parte de uma grande feira, onde perguntam quanto você quer pagar, se é protetor ou base, se você tá com gripe, se quer cabelos lisos e brilhantes, e não te deixam respirar.
Os meios de comunicação são tão poluídos, que ver uma imagem sem muitos elementos, ou assistir a um comercial sem som, ou somente com fundo musical, chamam a atenção sem grande esforço.
Na minha busca de alguns minutos atrás, encontrei essa propaganda do Greenpeace. Sem grandes efeitos ou novidades, mas com um grande diferencial: o som.


Acredito que essa "despoluição" vá acontecer nos outros meios, assim como aconteceu na internet. No meio de tantos pop-ups, banners animados, gifs purpurinados e cursores que deixam rastros, surge o Google, disseminando uma nova cara para a internet: minimalista.
Não digo que todos os comerciais devam abolir o som. Mas com certeza esse é um caminho a ser explorado.

Gostou do post? Então vem ver meu blog atualizado em biadesouza.com =D

Um comentário:

Allan Escobar disse...

Com certeza é um caminho a se explorar.O som é tão importante pra se criar um ambiente.E sua falta também não deixa ser.

Tudo depende das intenções, de como é aplicado.


Eu passo o dia inteiro + metade da madrugada ouvindo música.Mas de vez em quando
eu busco silêncio pra encontrar algumas respostas.

Concordo também com o fato das propagandas serem muito barulhentas, escandalosas.
Isso foi um dos motivos pelo qual eu parei de ver TV ( faz uns anos já).Nem meus
punk hardcore + música industrial q escuto são tão barulhentos quanto ela, a TV.

Legal a propaganda do Greenpeace %)

abçs!