segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Meu relacionamento conturbado com a Vivo

Sabe aquela fase em que tudo te decepciona? Que o mundo conspira? Você percebe que a Trakinas está cada vez menor, Kinder Ovo e Toddynho vão te falir, tiram o chocolate do Bis para colocar limão (urgh!) e a Vivo pisa no teu calo cada vez que você pensa em dar mais uma chance (a Vivo tem alma de homem, não é possível).
Aproveitei essa história de portabilidade e troquei a Oi que tanto me "promocionou", pela Vivo, a amante ingrata. A proposta era boa, meus amigos têm Vivo, então pensei: Por que não? Depois de assinar tudo quanto é contrato, descubro que o meu celular não reconhecia o chip, porque não era (QuadBand, Quad Band, Quadriband, oi?)... porque Deus não quis. Na hora do desespero, cometi meu segundo erro. Pedi o aparelho mais barato. Não vou entrar nos detalhes, mas posso adiantar que ele tem lanterna. Sim, eu digitei certo, não me obrigue a repetir...
Saí desolada da loja com aquele pequeno Frankenstein no bolso. Não que eu me importe muito com tecnologias, e bla, bla, bla, mas é que nem quando você era pequeno (ou eu pelo menos) e voltava das férias. Todo mundo tinha viajado, menos você. O máximo que você tinha feito, era ter ido visitar seus tios (em São Paulo mesmo, capital, a uma meia hora da sua casa). (Aviso às mães: não matriculem seus filhos em escolas particulares. Crianças podem ser cruéis. Principalmente quando têm dinheiro. Pense neles como anões de voz engraçada.)
Passadas algumas semanas, recebo um "tuíte" do @MikeBenavides me chamando para a porta da faculdade, pois a "galera da Vivo" estava lá.
Fui até lá sem mágoas, de braços abertos, e me deparei com uma van, e uma ação promocional bem curiosa.
Você tinha que tuitar pelo celular, para que pelo menos duas pessoas fossem até a van da Vivo naquele instante. Caso aparecessem os cidadãos, você ganharia um chip com uma promoção de um mês, e uma camiseta. Detalhe: os infelizes que foram chamados por você, tinham que fazer a mesma coisa, ou não ganhariam nada.
Feito isso, você tinha a camiseta e deveria criar uma arte dentro do logo (bem grande e vazado) para o dia seguinte. A pessoa mais criativa (de toda a faculdade) ganharia um Blackberry.
Não querendo parecer velha e chata, mas vejo vários poréns nessa ação.
O negócio é que dá muito trabalho. Você tem que ter Twitter, tem que tuitar uma mensagem que você não tuitaria (adoro conjugar esse verbo =P ) espontaneamente, duas pessoas têm que ver sua mensagem e ir para onde você convidou, e você tem que ter uma ideia boa, colocada em prática de um dia para o outro.
No dia seguinte, cheguei no final da noite pra mostrar a minha camiseta, e perguntei para os promotores quantos concorrentes eu tinha. Me disseram: umas 10 pessoas.
Poxa, juro que eu gostaria que a Vivo correspondesse  às minhas expectativas. Mas tá dificil viu...
Acho que só mudo de ideia se ganhar o tal Blackberry =P
(não me venha com hipocrisia =P )

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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Yes, we can!

Há alguns dias, procurava inspiração para o próximo post (quem escreve, desenha, toca, ou qualquer coisa do gênero, sabe que não é fácil) e numa tarde à toa, brincando com os joguinhos viciantes do Facebook (não me orgulho em digitar isso), eis que surge um anúncio intrigante no canto da página (ilustrado aqui abaixo).
Eu como mulher, obviamente fiquei interessada em saber que raios era isso. A grande maioria dos homens nem imagina as peripécias que temos que fazer para utilizar banheiros públicos. Ir a um barzinho tomar uma cerveja (tem coisa mais diurética que isso?) pode ser desanimador quando a parte de ir ao banheiro chega. Difinitivamente nessas horas, invejamos o poder dos homens de fazer xixi em pé.
Logo, esse anúncio tem grandes chances de interessar muitas mulheres (inclusive as mais pudicas). Nem tentei resistir. Cliquei.
O site do produto, chamado OiGirl, é bem atrativo. Todo em cor-de-rosa (choque, é claro. Fazer xixi em pé é coisa pra mulher de atitude =P ) e ilustrado por mulheres jovens e descoladas. O público realmente é esse. Mulheres modernas, práticas, sem grandes pudores.
Só para constar: o produto é como um funil de silicone que é encaixado na "menina", e pode ser lavado com água e sabão.
A linguagem para vender um produto tão íntimo (quase constrangedor e/ou cômico), me lembra muito os comerciais do Activia (é isso ai! Queremos seu intestino regulado! Trabalhamos pra isso!). O slogan da marca é: "Sentada? Só em casa!", e sugerem até mesmo que você divida o pacote família (com 3 produtos) com suas amigas, para economizar no frete. Muito pertinente.
Há alguns vídeos no Youtube de reportagens sobre o OiGirl e depoimentos de ginecologistas sobre a saúde íntima da mulher.
Achei toda a construção da marca muito bem feita. Cores fortes, uma linguagem informal (quase uma indicação amiga) e a proposta de uma "revolução" no uso do banheiro público. O uso das redes sociais é natural, pois além de ser "a bola da vez", concentra inúmeras mulheres moderninhas e propensas às novidades.
Não sei quanto ao produto, mas toda a comunicação está de parabéns!

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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Saindo do armário e indo para o metrô

Há um tempinho estava com meu amigo e companheiro de aprendizados publicitários, Mike Benavides, na estação Consolação do metrô, e uma enorme fileira de anúncios me chamou a atenção.
Ao lado das escadas, toda uma parede estava repeleta de anúncios da Revista Junior - Edição de 3 anos. Fiquei contente e impressionada pela escolha do local da campanha. Para quem não conhece a revista, ela é bem específica. Possui matérias sobre artes, roupas, viagens, baladas, gays que se destacam, etc, regada a fotos de modelos absurdamente lindos e saradões (ui!).
Se há algum tempo ser gay era uma coisa feia, hoje o mercado já enxerga os gays como um público alvo interessante, a ponto de anunciar no meio de transporte mais utilizado pelos paulistanos (meu!).
Não sei se havia anúncios em outras estações, mas com certeza a estação Consolação é a melhor opção, por seus barzinhos e baladas.
Os gays (em sua maioria) são pessoas com um poder aquisitivo diferenciado, que gostam de viajar, ir à festas, teatros, cinemas, ler bons livros, tomar um bom vinho, e se vestir muito bem (geralmente com marcas de status). Realmente demorou para a publicidade deixar o preconceito de poucos influenciar em campanhas para esse público.
Quando vi os anúncios da Revista Junior, senti que as coisas estão mudando. Os gays estão conquistando seu espaço, e (pelo menos no meio publicitário) vai ficar para trás que não está percebendo isso.

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